Nobre?

Dizem que o bairro de Boa Viagem é o mais nobre do Recife. É fato que, nesse bairro podemos contar com um inúmeros estabelecimentos comerciais, empresariais e de lazer, mas, só isso. A nobreza de Boa Viagem está apenas dentro dos seus inúmeros e luxuosos condomínios residenciais. Só de favelas, são mais de 20, a maioria das ruas são áridas, as calçadas são estreitas e a violência reina absoluta. Levará muito tempo até podermos comparar esse bairro do Recife com os bucólicos Vila Nova Conceição e Moema, em São Paulo, ou até mesmo com o Leblon, no Rio.

Novo Recife

Novo Recife. Assim se chamará o complexo turístico, residencial e de entretenimento situado no bairro de São José, centro do Recife. Num gigantesco terreno que pertencia à RFFSA, arrematado em leilão, a Moura Dubeux, a Queiroz Galvão e a VL Empreendimentos irão construir hotéis, flats, residenciais, centro de convenções e áreas de lazer para a população.

Novos tempos

Pernambuco vive um momento único. Inúmeros empreendimentos industriais e turísticos estão mudando de vez o perfil econômico do nosso Estado. Estamos saindo de anos em estagnação e caminhando, finalmente, em direção ao século 21. A situação do Recife não poderia ser diferente, apesar dos muitos problemas a serem enfrentados. A cidade, que já foi a mais importante do Nordeste, sofre déficits em praticamente todas as áreas, do saneamento básico à educação, além de não crescer no mesmo ritmo pernambucano. Novos horizontes se desenham aos poucos. O Recife luta para tentar se consolidar como uma moderna capital financeira: um polo prestador de serviços diversos e de alta qualidade. As novidades são muitas e instigantes, os desafios também.

Saks no Brasil

A Saks, loja americana de departamentos, e super luxuosa, procura sócios para abrir sua primeira filial na América do Sul. Onde? Em São Paulo, claro. O mix da loja inclui etiquetas como Gucci, Chloé, Christian Louboutin, entre outras. Obviamente uma concorrência (de peso) para a Daslu e NKstore.

Uma nova Cancún?

Alguém conhece ou já ouviu falar na Praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho? Será lá que a construtora Odebrecht fará surgir o mais exclusivo megacomplexo residencial e turístico do Brasil, orçado em R$ 1,6 bilhão, com vários hotéis-boutique, vila hípica, campo de golfe grifado, centros de compras, SPA da L'Occitane, condomínios residenciais, entre outros "mimos". A primeira fase do projeto, intitulada Morada da Península, que inclui um total de 67 residências custando entre R$ 1,5 milhão e 4 milhões de reais, já foi totalmente comercializado. A segunda fase será lançada este ano (e aos poucos), englobando dez condomínios com prédios de alto luxo. Um verdadeiro presente para o nosso Estado.

Marc Jacobs

Apesar de um passado conturbado, envolvendo álcool e drogas, Marc Jacobs significa, para mim, inspiração. À frente de três grandes marcas de sucesso, as americanas Marc e Marc Jacobs e a francesa Louis Vuitton, ele prova a cada temporada que poderia trabalhar em mais três.

Numa conversa com a consultora de moda Glória Kalil, ele explica se há alguma diferença entre o público americano e Europeu: "Em relação ao consumidor, não. As pessoas que amam moda são iguais em todas as partes do mundo. Elas se encantam do mesmo jeito com tudo que é bonito, novo, diferente. E compram porque não podem viver sem aquela roupa ou aquele acessório que vai expressar sua personalidade e sua visão estética da vida". Mas, segundo ele, há uma grande diferença na maneira como essa moda é feita nos dois continentes: "Na Europa, especialmente na França há aquela 'coisa' com a moda, e eles têm com ela uma relação muito especial".

Suas criações, tanto roupas quanto acessórios, tornam-se objetos de desejo dos amantes de moda no mundo inteiro assim que surgem nas passarelas. O universo desse criador é vasto, tão vasto quanto seu talento. Há outros adjetivos que explicam esse homem: criativo , original, moderno, educado, dentre tantos outros. Ele esteve recentemente aqui no país, onde inauguou sua primeira loja em terras brasileiras. Aproveitou pra passear com o namorado Lorenzo, um publicitário brasileiro, pelo Rio e por São Paulo. Adorou a grife Osklen e comprou várias peças da marca.

Louis Vuitton Brasília

Brasília, a cosmopolita capital brasileira, prepara-se para receber sua primeira boutique Louis Vuitton, a sexta do Brasil e a primeira fora do eixo Rio-São Paulo. A inauguração está prevista para o ano que vem, quando a cidade completa 50 anos. A loja ficará localizada no Shopping Iguatemi Brasília, em construção. A Louis Vuitton tem origem francesa, e é conhecida pela fabricação artesanal de bags e vários outros artigos, sempre com os conceitos de sofisticação e alto luxo agregados aos seus produtos. Será que a filial brasiliense será uma global store? É esperar pra ver.

Ostentação

Já se foi o tempo em que os sapatos ou jóias indicavam o poder das mulheres. Atualmente são as bolsas, muitas vezes custando mais que carros ou casas, que mostram qual a mais poderosa femme. Há várias marcas que abastecem esse desejo de poder: Louis Vuitton, Prada, Gucci, Chanel, entre outras; mas, uma marca anda em evidência: a Hermès. Uma das criações da marca francesa, a Birkin, que custa em média 30 mil euros, já é mais a procurada pelas finas do mundo inteiro. Famosas como Victoria Beckham e Jennifer Lopez já adquiriram a(s) sua(s). A fila de espera para comprar uma Birkin chega à dois anos.

São Paulo

É impressionante o poder de consumo da capital paulista. Quando a comparamos com qualquer outra capital brasileira, parece existir um país dentro do outro. São Paulo é a 19º cidade mais rica do mundo com um PIB que ultrapassa os R$280 bilhões (o do Recife não chega a 2o bi), a única cidade do mundo que possui duas boutiques da joalheria Tiffany's, além de um dos corredores de compras mais luxuosos do planeta: a Oscar Freire e ruas próximas. Possui um total de 47 shoppings centers (o Recife possui 6) e uma já conhecida e agitada vida cultural e econômica. Recentemente, várias grifes mundiais: Marc Jacobs, mais uma Louis Vuitton, Christian Louboutin e Rolex, abriram filiais na cidade, que se prepara para receber uma Carolina Herrera e uma Hermès. Ufa!

Falta ousadia

As mais famosas e populares lojas de departamento brasileiras, como C&A, Riachuelo, Marisa e Renner, estão esquecendo uma fatia do mercado: a classe média brasileira. Uma classe que cresce e vem gostando cada vez mais de exclusividade e roupas conectadas com o resto do mundo. E sabe o que elas estão fazendo? Nada. A moda "pão-com-ovo" de sempre, produtos muito comerciais e sem o mínimo de conceito, além da pouca variedade, estão cansando o consumidor, que preferem gastar seu dinheiro em lojas menores e um pouco mais caras.

Quem consome nessas lojas não está errado, mas precisa exigir mais. As populares redes nacionais precisam aprender com as grandes, e também populares, redes de departamentos internacionais como, ZARA, H&M, Uniqlo e tantas outras, que mostram ser possível aliar moda variadíssima, super atualizada, preço acessível e ótima qualidade. Nessas lojas, é possível encontrar peças custando a partir de U$ 10. De todas elas, apenas a ZARA tem filial aqui no Recife.

P.S - Como consumidores, devemos exigir mais do mercado, seja ele de moda ou não. Somos nós que possuímos o poder de compra, ou seja, devemos, sim, ditar as regras.